O Produtor

História / Fases do Projeto

Esta resenha histórica começa antes de 1400… foi no séc. XV que, de forma comprovada, se encontram os primeiros registos de um vinho que se produzia na região de Carcavelos. Esta é, por isso, uma viagem já longa, atribulada, mas que possui um fim cheio de renovada esperança.

No século XVI, Portugal, e concretamente a região de Lisboa, torna-se um importante exportador de vinho para as ilhas britânicas em resultado das constantes guerras e disputas entre Inglaterra e França. No entanto, é no século XVII que encontramos pela primeira vez o Vinho de Carcavelos em Inglaterra. No The National Archives, perto de Londres, existe um documento que o comprova através da sua descrição: (…) Is sending Arlington some choice Carcavellos wine made by the Jesuits. Is still Date: 1673 (…)

Terá sido no século XVIII que o Vinho de Carcavelos terá atingido o seu apogeu, a nível de produção, com grandes produtores como a Quinta da Alagoa e a Quinta do Marquês de Pombal. Heinrich Friedrich Link, viajante que esteve em Portugal nos últimos anos do século XVIII, diz-nos que só os vinhos do Porto, de Carcavelos e de Setúbal são exportados, todos os outros são consumidos localmente. O seu prestígio internacional e expansão a nível de elites, é comprovado com a sua presença como peça de prestígio num dos primeiros leilões de vinhos da Casa Christie’s, em Setembro de 1769.

Se encontramos o Vinho de Carcavelos, ou Calcavella, em Londres, como vinho prestigiado, também o encontramos na América do Norte à venda em Pertersburg, Norfolk, Portsmouth, Tappahannock, desde a segunda metade do século XVIII, como pode ser confirmado nos anúncios presentes no Virgínia Gazette, dentro de um mercado de importação em que o Vinho da Madeira era muito requisitado e onde não faltava o Lisbon Wine.

Desde o século XVIII, que se referencia o termo generoso a este tipo de vinhos - doces e de maior grau alcoólico. Para o produzir, encontrámos referências à utilização do arrobe na quinta da Alagoa em 1759, à aguardentação e adição de vinho abafado num vinho já completamente fermentado no século XIX e ao atual método de interrupção da fermentação com a adição de aguardente. Este último método está já descrito em meados do século XVIII pelo que podemos aceitar que os vários modos de produção de vinho generoso podem ter sido utilizados ao longo dos tempos indiscriminada ou evolutivamente.

E eis que, em 1908, tantos séculos após o início da sua produção é decretada, formalmente, a Região Demarcada de Carcavelos.

E se até aqui o Carcavelos obteve uma produção constante e cheia de reconhecimento granjeando, cada vez mais fãs, ele sofre profundas alterações na sua produção em pleno século XX: por um lado com a proliferação da Filoxera que grassou no país e ao qual esta zona não foi alheia mas, também, com a necessidade de se urbanizar terrenos para dar resposta a uma cada vez maior procura por parte da população que pretendia viver mais perto da Capital. E se o século XX foi quase sinónimo de uma morte anunciada é, também ele, cheio de uma nova aurora. É neste século que encontramos uma tentativa de revitalização da produção do Vinho de Carcavelos, e de controle do mercado, com a imposição de um selo de garantia na produção. Um selo de garantia para uma produção cada vez mais reduzida. Mas este selo não impede que definhe a sua produção. O definhar deste património material e imaterial a que a autarquia de Oeiras, por orientação do presidente Isaltino Morais, vem colocar cobro.

É no respeito pelo passado, na recriação de um produto histórico de elevada qualidade, que a Câmara Municipal de Oeiras inicia um plano de recuperação, por um lado com a replantação de vinha e, por outro, dando consistência a uma cada vez maior produção do Carcavelos. Numa aliança de esforços, entre o Eng Carneiro, presidente da Estação Agronómica Nacional, que teve a iniciativa de replantar 5ha de vinha no ano de 1983, alia-se a Câmara Municipal de Oeiras assinando um protocolo de colaboração com a Estação Agronómica Nacional, em 1988.

Este foi apenas o primeiro passo de uma autarquia que, pela primeira vez na história do poder local em Portugal, assumia uma cada vez mais relevante posição na produção de um produto vitivinícola. Ainda nem dez anos tinham passado da assinatura do protocolo quando, em 1997, a autarquia de Oeiras renova esse mesmo protocolo obtendo uma maior participação e, desta vez, prevendo a recuperação do edifício do Casal da Manteiga para adega. Se o vinho tem a fruta que o origina teria, a partir deste dia, a casa onde estagiava, onde crescia, onde encorpava e de onde saía mais denso e firme. Este investimento foi totalmente assumido pela autarquia e, em 2001, inauguraram-se as novas instalações da Adega do Casal da Manteiga com um lagar para produção de vinho totalmente equipado. Se o vinho é secular, a sua produção é de vanguarda.

No entanto, o papel da autarquia na preservação deste produto histórico e a sua recuperação, não se fica por aqui. Em 2006 o protocolo é revisto. Desta revisão a autarquia assume uma cada vez maior preponderância e responsabilidade na salvaguarda e projeção do Carcavelos ficando com a exclusividade da exploração das vinhas da Estação Agronómica Nacional. Deste protocolo que deu à autarquia o controlo da produção, esta delineou um plano de investimentos, dotando a Adega do Casal da Manteiga de uma ampla área de estágio em madeira, tendo-se adquirido na altura cerca de 600 pipas para o envelhecimento deste generoso.

Em 2012 a autarquia recuperava o Palácio do Marques de Pombal e o jardim onde se encontra a Adega do Palácio, património que estava cedido ao Instituto Nacional de Administração. Dá-se, então, a recuperação para os fins originais da Adega do Palácio do Marquês de Pombal, sendo ampliada a área de estágio em madeira aumentando o número de pipas para cerca de 1200.

E é deste esforço de recuperar o passado, respeitando-o e trazendo-o até aos nossos dias, de forma a este património se mantenha consistente, que hoje o vinho Carcavelos Villa Oeiras é um produto reconhecido e respeitado possuindo mérito nacional e internacional, mas também pelo dinamismo que tem imprimido a toda a região, promovendo o aparecimento de outros produtores. Produtores estes que têm na Adega do Casal da Manteiga, uma vez que é a única instalação a funcionar na região demarcada, um equipamento de apoio a toda a região.

A introdução no mercado dos vinhos de Carcavelos Villa Oeiras, tem, não só democratizado o acesso a todos deste valioso património, como também tem possibilitado que os críticos de vinhos e os concursos nacionais e internacionais de vinhos façam a sua avaliação, que de uma forma geral foi sempre notável, como foi exemplo as distinções e prémios recebidos em 2020.

Este é o reconhecimento de um esforço, de já algumas décadas, que este Município tem vindo a fazer para produzir um vinho de referência nacional e internacional, sempre numa perspetiva de recuperação do património, vínico, paisagístico, cultural, arquitetónico de toda uma região demarcada, que esteve em vias de extinção e que goza hoje de uma estrutura consistente.

Esta é uma viagem vínica, uma viagem que acontece na mais pequena região demarcada de Portugal, região demarcada de Carcavelos. Uma viagem atribulada e quase interrompida. Mas que hoje esta região, de tão pequena, agiganta-se pelo resultado que produz.

São seis seculos de um vinho que nos chega em tons de mel, encorpado que perfaz um dos quatro magníficos generosos portugueses.

Esta é a história do Carcavelos, um generoso secular nos saberes e intemporal nos sabores. Esta é, também, a história de uma autarquia que ousou ultrapassar os limites do que é recuperável e deu à população a memória de um generoso que persiste, que resiste e que está ao alcance de todos.

O Produtor

Instalações


Adega do Palácio Marquês de Pombal

Edifício, contruído no séc XVIII, faz parte de um conjunto de edifícios da Quinta do Marquês de Pombal, entre eles, um Lagar de Azeite, um Celeiro e um Alambique. A arquitetura é atribuída a Carlos Mardel, grande responsável pela reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755, acompanha a linha estética do Palácio da Qta de Veraneio do Marquês de Pombal e contrasta com as restantes edifícios pela riqueza decorativa exterior que tão bem caracteriza o século XVIII. Com orientação norte-sul e um comprimento de mais de 70 metros foi construída com o propósito claro de garantir a produção de um vinho de qualidade.

Adega do Casal da Manteiga

Adega instalada próxima das vinhas, é atualmente adega de vinificação, espaço multifuncional com área de envelhecimento, sala de provas, laboratório e escritórios. Edifício do século XVIII, com função original de abegoaria, foi ao longo dos séculos utilizado para várias finalidades. De planta hexagonal e um torrão do qual é possível observar a maior zona de vinhas da região e a sul o oceano atlântico.

Produtor

Equipa

Oeiras foi o primeiro Município em Portugal a produzir vinho e desde o início com uma equipa de funcional totalmente dedica.

Atualmente a equipa está organizada da seguinte forma:


• Coordenação - Arq. Alexandre Lisboa

• Enologia - Eng. Pedro Sá

• Promoção - Comercialização - Logistica - Rui Guimarães Canelhas

• Contratação e Certificação - Dra. Maria do Rosário

• Enoturismo - Dra. Eduarda Oliveira / Romeu Oliveira

• Equipa operacional

O Produtor

Visão

Posicionar no mercado nacional e internacional o Vinho Generoso da Região Demarcada de Carcavelos, marca Villa Oeiras, como um dos vinhos generosos de referência do património vitivinícola de Portugal no Mundo.

Missão

Contribuir para a preservação e recuperação do património material e imaterial do Concelho de Oeiras, garantindo a excelência do Vinho de Carcavelos Villa Oeiras em todos os processos produtivos e comerciais, assim como, garantir a oferta de um produto exclusivo da região com elevada e reconhecida qualidade.

O Produtor

Prémios

Essência-Revista de Vinhos - Produtor de Vinhos Fortificados do Ano 2020
Essência-Revista de Vinhos – Altamente Recomendado 2020
Wine Enthusiast 2020 – Editors’ Choice
Revista Paixão pelo Vinho 2020 – Prémio Prestígio
Vinduero/Vindouro 2020 – Medalha de Ouro
Vinduero/Vindouro 2020 – Medalha de Ouro feminino
 
Escolha da Imprensa 2019 – Categoria Vinhos Fortificados
Selecione Del Sindaco 2018 – Ouro e Prata
Revista Paixão pelo Vinho 2017 – Prémio Prestígio
Associação de Escanções Portugal 2016 – Tambuladeira Prata
Portugal Wine Trophy 2016 – Ouro
International Wine & Spirit Competition 2014 – Prata
Concours Mondial de Bruxelless 2013 – Prata
International Wine Challange 2013 – Prata
Concurso de Vinhos de Lisboa 2012 – Ouro
Selecione Del Sindaco 2012 – Grande Medalha de Ouro
Confraria dos Enófilos da Estremadura 2011 - Prata

Mercados

DISTRIBUIÇÃO

Contactos



EUA
Haus Alpenz
Contact: Eric Seed info@alpenz.com
t) +1-612-414-0022
f) +1-702-921-3248
Haus Alpenz USA / MHW Ltd. 1129 Northern Boulevard, Suite 312, Manhasset, NY 11030


Reino Unido
Raymond Reynolds
Contact: Call: +44 (0) 1663 742 230
info@raymondreynolds.co.uk
Calico Lane, Furness Vale, High Peak. SK23 7SW.


Brasil
Adega Alentejana - https://alentejana.com.br/
Contact: Call: +55 11 5094-5760
Rua Cincinati, 12 - Brooklin CEP 04564-070 São Paulo - SP Macau Vinomac-Fine Wines -


Macau
Vinomac-Fine Wines-http://vinomacwines.com
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Call: +853 2841 0231
Av. de Venceslau de Morais No. 155-165, Centro Industrial Keck Seng,
Bloco 2, 4 -, Macau


Espanha
Terras de Portugal - http://www.terrasdeportugal.com
P&S Managemente S.L.
Contact:
Call: +34 933 683 528
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Ronda del Port, 488
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